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A pandemia de COVID-19 no Brasil: o que está acontecendo na linha de frente

A pandemia de COVID-19 provou a resiliência de comunidades em todo o mundo, especialmente em países despreparados em termos de uma variedade de aspectos, como infraestrutura, tecnologia e educação. Uma das maiores economias no mundo, o Brasil como país emergente tem enfrentado este grande desafio. O número de mortes e os danos econômicos resultantes da pandemia são explicitamente merecedores da atenção do governo, indústria e academia.

Essa pandemia provou ao Brasil e ao mundo o quanto repercute uma falência no sistema de saúde –  não há gerenciamento de saúde perfeito quando se trata de uma doença que também pode afetar aqueles que não estão infectados por ele: a necessidade de confinamento e uma mudança de hábito levou à escassez de alimentos, desemprego e transtornos mentais. A velocidade, a forma de transmissão de informações e o advento das chamadas fake news têm aumentado os casos de estresse e ansiedade em relação à doença e suas consequências. O isolamento imposto pela doença já foi chamado de “o maior experimento psicológico de Van Hoof no mundo” (Lima, 2020) [1]).

Estima-se que o comprometimento psicológico gerado pelo COVID-19 esteja entre um terço e metade da população, se não receberem cuidados adequados. Obviamente, o número de pessoas afetado psicologicamente pela pandemia é maior do que o número de pessoas infectadas pelo próprio vírus.

Profissionais de saúde e áreas afins como motoristas, equipe de limpeza e administração hospitalar também são classificados como grupos de risco mental devido ao medo constante de infecção e morte.

Infelizmente, apesar de uma pandemia de medo e estresse gerado pelo coronavírus, ainda carece de números que possam avaliar grupos populacionais específicos. Algumas medidas foram tomadas a fim de minimizar ou tratar tais condições – algumas sociedades, como as Universidades de psicanálise, estabeleceram-se online grupos de serviço para servir a população em geral. O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a criação do programa que oferece suporte com teleconsultas aos profissionais da linha de frente no combate à epidemia.

O conselho regional de enfermagem de São Paulo disponibilizou um chat para auxiliar e apoiar o processo mental dos profissionais de saúde. Tais ferramentas mostram-se úteis para minimizar os danos causados ​​aos profissionais de saúde que atuam na vanguarda nesta pandemia (Angelo et al., 2020 [2]; Duarte et al., 2020 [3]).

A pandemia também trouxe instabilidade política e polarização entre os partidos, discussões sobre tratamento e falta de respaldo científico: em pouco tempo, o Brasil fez duas trocas de ministros de Saúde com opiniões divergentes e estratégias de enfrentamento levando ao descontentamento da sociedade pela falta de clareza de informações sobre a pandemia e as perspectivas futuras (Angelo et al., 2020 [2]).

A mudança econômica gerada pela COVID-19 foi abrupta e trouxe números desanimadores. Atualmente as estimativas econômicas apontam, por exemplo, para uma queda do PIB em 2020 para 7,7%. Confirmando este número, será a pior recessão econômica da história do país. Atualmente, a desvalorização acumulada de a moeda brasileira é 45%. Em abril deste ano, o pedido de seguro-desemprego era de 39%.

O desemprego atinge uma taxa de 12,8% com um número catastrófico de 12 milhões de desempregados. Outro dado que fala a favor da recessão é a retração da produção industrial, que variou entre os estados, apresentando um valor total do país de 9,1% no mês de março.

Ainda não há dados para avaliar as mudanças ambientais geradas pela pandemia no Brasil, no entanto globalmente sabemos que apesar da redução discreta nas taxas de emissão de CO2, as empresas de petróleo buscam incentivos dos governos para manter sua produção a fim de minimizar os impactos econômicos e eles podem compensar negativamente as taxas de poluição uma vez reduzidas no início da pandemia (Revista Exame, 2020 [4]).

Apesar de todas as mudanças e impactos negativos causados ​​pela pandemia no Brasil, devemos considerar alguns impactos positivos na área da saúde, tais como: maior investimento em pesquisas clínicas, principalmente relacionadas ao desenvolvimento de vacinas, medicamentos e métodos diagnósticos, bem como o desenvolvimento de tecnologias em saúde como implantação da telemedicina em grande parte do país.

Ainda estamos muito longe de conseguir o controle da situação atual, mas esperamos que uma maior integração entre as diferentes esferas da sociedade, tanto do setor público quanto do privado, pode resultar em soluções que ajudem no enfrentamento de eventos de alto impacto como a pandemia.

Referências:

[1] Lima, Rossano Cabral. (2020). Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil:  impactos na saúde mental. Physis:  Revista de Saúde Coletiva, 30(2), e300214. Epub Julho 24, 2020. https://doi.org/10.1590/s0103-73312020300214

[2] Angelo, Jussara Rafael, Leandro, Bianca Borges da Silva & Perissé, André Reynaldo Santos. (2020). Fiocruz.2◦Boletim Epidemiológico da COVID-19 nas favelas. https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/

[3] Duarte, Miguel de Quadros, Santo, Manuela Almeida da Silva, Lima, Carolina Palmeiro, Giordani, Jaqueline  Portella,  &  Trentini,  Clarissa  Marceli.  (2020).  COVID-19  e  os  impactos  na  saúde  mental: uma amostra  do  Rio  Grande  do  Sul,  Brasil.  Ciência  &  Saúde  Coletiva,  25(9),  3401-3411.  Epub  Agosto 28, 2020. https://doi.org/10.1590/1413-81232020259.16472020

[4] REVISTA EXAME. (2020). 6 números mostram o dramático impacto do coronavírus na economia. Maio 16, 2020. Acesso:  Nov 10, 2020. Link:  https://exame.com/economia/6-numeros-mostram-o-dramatico-impacto-do-coronavirus-na-economia/

Leia o texto na íntegra: A. Isidoro Ferreira Prado, A. Karolina Barreto Berselli Marinho, C. Chaves Gattaz, W. Mendes-Da-Silva The COVID-19 pandemic in Brazil: what is happening on the front line. Transdisciplinary Journal of Engineering & Science online Vol. 12 (Short Letter), pp. 1-2, 2021. doi:  10.22545/2021/00146

Qual a evolução da área de inovação nos últimos 60 anos?

O campo da inovação cresceu consideravelmente nas últimas quatro décadas, o que levou ao surgimento de novas abordagens que precisam ser examinadas e consideradas.

De 1956 a 1970, as preocupações concentravam-se nas áreas de mensuração organizacional e mudança tecnológica, desenvolvimento econômico e tecnológico, adoção tecnológica e difusão da inovação.

De 1971 a 1985, novas preocupações são acrescentadas e que se estendem até os dias atuais, tais como gestão estratégica de inovação de produtos e transferência do conhecimento, inovação tecnológica industrial e políticas de inovação, comportamento organizacional, inovação industrial e processo de desenvolvimento de novos produtos, competitividade, competências essenciais e capacidades dinâmicas, design dominante, aprendizagem organizacional, modelos inovadores de P&D, propriedade intelectual, performance, democratização da inovação, inovação disruptiva e inovação social.

Acesse o artigo que traz evidências dos principais pilares que sustentam a estrutura do campo da inovação, como ele evoluiu ao longo dos anos e quais os rumos que conduzem às tendências futuras da área.

Rossetto, D.E., Bernardes, R.C., Borini, F.M. Gattaz, C.C. Structure and evolution of innovation research in the last 60 years: review and future trends in the field of business through the citations and co-citations analysis. Scientometrics 115, 1329–1363 (2018).

https://doi.org/10.1007/s11192-018-2709-7